sábado, 18 de dezembro de 2010

182. Como nunca amei ninguém...

Hoje, venho falar de um vazio, um amargo vazio que incomoda de tempos em tempos, um vazio que não se preenche tão fácil, um vazio deixado pra trás por alguém o completava.

Dizer que 2010 não foi um ano bom, seria um erro, mas dizer que foi fácil, seria uma grande mentira. Vivenciei muitas coisas, convivi com diversas formas de solidão, descobri que sou fraca, apesar de ser infinitamente mais forte do que eu esperava.

Ao longo dos meses, tentei amar e, principalmente, desamar alguém, achei que o tempo fosse curar, mas quanto mais o tempo passou, aquela velha dor permaneceu estável. Então, eu me afastei para esquecer a lembrança que não se esquece de mim, lembrança essa que me ‘visita’ diariamente, lembrança que eu não me importo mais em ter.

Não sei o que é isso, talvez esteja certa a pessoa que disse que não é fácil deixar de amar alguém. Hoje, friamente, vejo que passei meses tentando fazer com que as pessoas superassem o meu “amor”, que ocupassem aquele vazio...mas quando um abraço não encaixa, o beijo desencaixa e as conversas são monótonas (quando se lembra de homens do papelão, tucanos de madeira, das risadas e das infinitas discussões de relacionamento que eu tanto gostava de ter), fica difícil de superar todo e qualquer sentimento.

Atualmente, eu aceito pacificamente a idéia de que ele é o homem que amo, aceito o fato do destino ter nos separado, apesar de odiar isso... eu sei que tenho que lidar com essa realidade e que, em algum momento da vida, essa história terá que ser superada, para que eu evolua...

Enquanto isso, noto que o mundo está repleto de homens babacas, homens que não amam, homens com coxas finas, homens que não sabem que eu tenho cócega na costela, homens que não me levam para andar de skate, homens que não encaixo nos braços, homens pelos quais eu jamais pediria dinheiro no pedágio, homens que não me fazem rir... talvez, eu ainda me importe tanto com ele pq ele fez diferença nesse mundo, foi único, foi diferente!

Enquanto isso, o mundo continua... e meu sorriso sempre sumirá qnd inesperadamente alguém mencionar o nome Cezar, qnd alguém for de Alphaville, qnd alguém andar de skate, qnd alguém viajar de bicicleta, qnd eu tiver alguma lembrança que me remeter a vc e eu não estiver “preparada” para tê-la...

Eu ainda te amo, como nunca amei ninguém!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

181. Aquela velha amizade

Introdução: Há semanas ouvi a frase “vamos manter a nossa amizade”, ao ser informada sobre o fim de um relacionamento que nunca existiu (e se existiu, para mim já tinha acabado há uns três meses atrás), mas que, naquela ocasião, estava oficialmente finalizado... rs... e confesso que minha amiga quis que eu escrevesse sobre o assunto, afinal de contas, mulheres conversam e eu tenho muitas opiniões e interpretações quanto as posturas masculinas... pois bem, passada uma ou duas semanas, sei lá, acho que chegou a hora de externar minha opinião... sem sentimentos, mto menos ressentimentos, sem mágoas; agora estou apta a escrever sobre o assunto de uma forma fria, imparcial, sem colocar meu “odinho” no meio... rs

Um dia, vc conhece uma pessoa, no outro, vcs já estão juntos... pois bem, alguns relacionamentos ou pegações começam assim... do nada! Sentimentos brotam da alma... ou meros desejos, atrações... enfim, surge alguma coisa que liga vc a outra pessoa, seja um bom beijo, seja um sexo, seja uma bela carência que precisa ser urgentemente suprida com um amor mais falso que uma Vitor Hugo da Galeria Pagé... pois bem, por algum motivo, as pessoas se unem... então, para não se sentirem meros objetos, seres repugnantes que precisam de carne (digo, peito, bunda, braços, pernas e tudo que envolva pele, músculo e até osso!), cria-se um vínculo (o que as pessoas banalizam e chamam de amizade)... mas seria um mero coleguismo que reveste a fuga da carência, a maldita carência...

Desculpem-me as expressões chulas, mas, entre uma trepada e outra, criam-se diálogos... e a intimidade se torna um horror... pois, se vc já conhece de cor o corpo do seu “individuo preferido”, o que custa vc contar seus medos, seu cotidiano, seus planos? As pessoas confundem esse grau de intimidade com amor... com amizade... com tudo que não tem nada a ver com o que de fato é! Fazendo uma analogia esdrúxula, seria a mesma coisa que contar para um taxista alguma história sua que aconteceu no trânsito... o taxista tá lá no congestionamento e vc – num ato de carência - conversa com ele, iniciando uma história na qual os dois tm algo em comum, que culminará em algum interesse da parte dele...

As “ficadas” são assim... não se tem amor, tem-se meros diálogos, como taxistas e clientes!

Há algumas semanas, um cara o qual eu fiquei diversas vezes, veio me dizer que não podia me proporcionar aquilo que eu queria (!!!)... e que não queria estragar nossa amizade! Ele se espantou quando eu disse que não queria a amizade dele... pois nunca tínhamos sido amigos! Talvez ele não tivesse a mesma percepção que tenho sobre amizade... eu jamais beijaria um amigo meu, jamais criaria este grau de intimidade, pois isso sim estraga toda e qualquer amizade...

Terminar algo “interminável” (levando-se em consideração que nunca começou) e questionar sobre a continuação de uma amizade é a maior #BULLshitEVER... comecei a refletir nas possibilidades as quais levariam alguém a dizer isso depois de não querer mais ficar com uma pessoa... levando-se em consideração que não estamos falando de um relacionamento do tipo “namoro”...

Pois bem, refleti muito sobre o assunto e descobri que as pessoas são mais carentes do que podemos imaginar... quando alguém acaba alguma coisa nas condições acima, a última coisa que se quer é amizade, mas se vc não tiver certeza do que se quer, nada mais justo que manter um contato mínimo mascarado em forma de amizade para eventuais arrependimentos... não digo que o infeliz irá se arrepender de não ter casado contigo, não teria essa ilusão... mas digo em se arrepender de ter perdido a falsa percepção de “carências supridas”... retornando ao status de “uma pessoa sozinha a qual ninguém se interessa”... em suma, essa tal amizade é uma maneira babaca de se ter um “vale foda”, caso os planos do infeliz fracassem!

Quanto a conclusão que tenho sobre o assunto, pensando nos meus relacionamentos fracassados, pensando nos meus relacionamentos interpessoais de todas as espécies... Descobri que meus amigos não me beijam, não fazem sexo comigo, não somem e reaparecem quando estão carentes... então, meus queridos doadores de pé na bunda, saibam que dá dó saber que a carência impera até numa tentativa de término de “relacionamento” ... Mudem o discurso, tentem ser fortes e, na solidão, comprem a playboy da Larissa Riquelme... aquela q é em 3D! Não sei se funciona, não sei como é uma mulher em tantas dimensões (rs), mas é menos deprimente que o velho discurso da “amizade” (e olha que é zoado usar aquele óculos em 3D!! kkk)...

Lari Riquelme, vc sim pode ser amiga deles, então, linda, acabe com esses idiotas, pq eu tô fora!!!

domingo, 19 de setembro de 2010

180. Os tristes domingos cinzentos...

Se existe uma coisa que eu odeio na vida, esta coisa é: DOMINGO CINZENTO...

Adoro acordar nos dias de domingo ensolarado... sentir a vitamina D entrando em cada milímetro da pele...pena q nem todo domingo é de sol... provando, assim, que a vida não depende do que queremos e do que julgamos ser bom para nós.... isso não se limita aos domingos, mas vai além...

Esses domingos cinzentos trazem consigo toda a amargura e insatisfação de uma vida não vivida, de sofrimentos passados e, quem sabe, traz a tona os amores não correspondidos...

Às vezes, olhar pela janela nos remete a momentos vividos que os domingos cinzentos não deixam voltar... e, quando o clima só está frio, as lágrimas fazem as vezes da chuva e o frio rompe barreiras nunca antes alcançadas, ultrapassando os limites da pele e infiltrando na alma...

Hoje, eu juro que pensei que poderia ter sido diferente... mas todo domingo cinzento é igual, mais ou menos dolorido, mais ou menos triste, mas num fluxo de insatisfação que alimenta o cinza do céu...
Meu sorriso foi tão intenso, minhas intenções foram tão ingênuas, meu desejo era tão simples: eu só queria um domingo de sol... mas ele não quis brilhar, não quis me dar seu calor, não quis se fazer presente...

domingo, 25 de julho de 2010

179. Avanços ou retrocessos?!

Meu bem, note: eu tnho uma excelente memória... então, não estranhe se eu te contar que chegaremos – ainda nessa semana - ao nosso primeiro ano oficial de muitas histórias... ida e vindas, sendo a última da vez um possível retorno...

A vida é feita de imprevistos que nos conduzem a tantas histórias e sentimentos que ninguém nunca saberá o motivos de tantos encontros e desencontros... lembro que a primeira vez que fui a Alphaville, fui de ônibus... nunca tinha ido para aqueles cantos e eu pensava no quão louca eu era por estar encontrando um cara que eu fiquei na faculdade e que não via há tantos meses... que eu ignorava há alguns anos... rs... que eu tinha ficado algumas vezes... rs

Sentada no ponto de ônibus do residencial 1... com todos os pensamentos sobre o pq eu estava ali... então, eis que surgiu “alguém” de Palio... qnd eu entrei, logo notei que eu era louca, que não deveria ter ido... mas quem esqueceria que o “primeiro” beijo seria num posto de gasolina... rs... pois é, formamos uma dupla nada normal, nada romântica...

Muitos meses se passaram... enqnt isso, muitas coisas aconteceram... homem do papelão, pedir dinheiro no pedágio da Castello, cobra de “chapel”, meu bota fora, minha formatura e sua maldita intuição...

Ter que te esquecer foi algo que foi dolorido... algo que me incomodava... eu tentava tirar forças de onde não tinha para superar... táticas “adolescentes” como deletar número do celular e MSN foram completamente “fail” ... afinal de contas, eu sou incrivelmente teimosa... e, como já disse, uma msg dizendo que fui levada a sério foi o suficiente para eu chutar o balde e sair correndo para o meu passado, meu querido passado!

Voltar para reencontrá-lo foi adorável... saber que eu ia revê-lo foi como esperar o papai Noel no dia do Natal... pois se vc foi uma boa menina, vc sabe que o presente será bom... e apesar de nada ter acontecido naquela data, o “tucano de madeira” foi o suficiente para saber que vc estava ali, devastando minha vida com a minha anuência... fazendo-me feliz com tão pouco, com a sua companhia...

Ainda tenho muitas perguntas sem respostas... mas, se o tempo me trouxe vc de volta, o que parecia mais difícil, as respostas chegarão quando eu menos esperar...

Enquanto isso, eu ainda temo viagens de bicicleta... idas a praia sem volta... e todo o resto que me levou as lágrimas algumas dúzias de vezes...

domingo, 27 de junho de 2010

178. E agora, José?

Todas as certezas do mundo, favor sigam para longe daqui... hj, não quero trabalhar com possibilidade, planos ou coisas do gênero... quero a loucura de um dia, a intensidade de um sentimento e a instabilidade da incerteza.
Estou com sede de retrocessos, saudades de abraços e tendente a viver com um sorriso besta no rosto...
Quero correr quilômetros, preciso sentir minha panturrilha latejando de dor... só para perceber que eu vivo... e que sou incrivelmente limitada...
Preciso de um "agora"... e esquecer que semana que vem pode chegar...
Posso me arrepender de minhas escolhas, de minhas atitudes, mas deixarei isso para 2011! Pois, por ora, necessito de algo que me faça um pouco mais feliz :)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

177. Horário de Brasília: 22:22

Eu juro que não sei nem como começar este post... meus dedos perderam o hábito de "falar" por aqui... como se eu fosse uma novata no quesito: "falar sobre minha vida"... afinal de contas, não quero falar de Copa, de política, de música ou qualquer outra coisa...
Sei lá, estou com vontade de ser egoísta, egocêntrica e falar de mim...
Minha vida passa por turbilhões diários de emoções, incertezas e inseguranças... talvez seja a TPM que me consome... e meus hormônios estão a mil, afinal de contas, neste mês, minha menstruação resolveu atrasar... logo, eu endoideci (não pelo atraso em si, mas pelos hormônios msm)!
O problema da minha tpm é que ela me dá um pacote surpresa o qual, desta vez, me reservou uma "encrenca" e das grandes! Não que ela tenha me trazido algo de verdade, mas o destino se encarregou de trazer aquele que fora tema constante de todos os posts anteriores...
Envolvida em uma nova história a qual seria digna de um outro post, eu me vi sem chão... enquanto sentimentos e lembranças foram recuperadas numa espécie de "back-up"... homem do papelão, pedágio da castelo, cigarro de palha, cobras, mc donalds, residencial 6 e todo o resto vieram a tona, dominando meus pensamentos em tempo integral!
Enfim, mas não aceitei passivamente esta brincadeira do destino... como uma espécie de porco-espinho, eu mostrei que posso machucar... como um pinscher, eu lati para um pitt pull maior que eu... demonstração de força, de superação?! Eu me preocupei tanto em atacá-lo que esqueci completamente de me proteger...
Ler a mensagem "eu te levei a sério" em pleno msn foi como um carrinho da "Costa do Marfin"... violento, dolorido, inicialmente inesperado, algo que eu não merecia justo agora... como forma de "auto-afirmação" (ou numa medida totalmente infantil), eu disse categoricamente que estava feliz com outra pessoa e que ele não tinha mais espaço na minha vida...
Até agora, eu me pergunto se estou com outra pessoa... e, qnd consigo visualizar essa situação, eu me pergunto se estou feliz... mas, em caso negativo para qlqr dessas suas assertivas, não tenho dúvidas que minha vida tem um latifundio improdutivo inteiro a espera de uma invasão...
E, assim, vejo como o destino é sacana... e como ele tramou uma bela armadilha para mim...

sábado, 10 de abril de 2010

176. A questão do “MAIS OU MENOS”

Há momentos na vida os quais nós sabemos qual será o final de determinadas histórias, apesar de não sabermos quando ocorrerá ou até se já não ocorreu, pois nos cegamos a ponto de não querermos enxergar o “enxergável”...

Pois bem, certas histórias são tão certas, algumas atitudes são tão previsíveis... é como se reciclássemos antigas experiências, colocando novas roupagens, novos personagens, mas com a absoluta certeza de já tê-las visto antes de uma maneira mais ou menos cruel, mais ou menos dolorosa, mais ou menos infeliz, tendo sempre os já sabidos sentimentos, variando tão somente a sua intensidade, pois bem, a questão agora é a “do mais ou do menos”.

Às vezes, eu me sinto assim... como se eu tivesse tentando nadar num rio seco... abusando da minha paciência, dos meus sentimentos, do meu amor próprio... as vezes, eu chego a concluir que, já que falamos em amor próprio, que eu não me amo... prefiro amar os outros a ter que gastar meu amor comigo mesma...

O desgaste natural de tudo resulta tão somente na dilapidação de um dos maiores bens do ser humano: a auto-estima... e não posso me condenar por isso! Talvez seja uma bela sanção por ter me permitido me apaixonar, por ter me permitido amar, por ter incluído, nos meus planos, alguém que sumiria no vento, deixando para trás não somente meu presente de natal, mas meu coração, meu amor, minha atenção e todos os meus mais nobres sentimentos...

Nessa semana, eu quis impor minha vontade, fantasiando uma visita num domingo perfeito (como sou boba, não?!)... eu quis mostrar que eu ainda me importava, ainda amava, q, infelizmente, ainda tinha planos mirabolantes reservados para um possível futuro a dois... mas fui vetada e, de brinde, ganhei apenas um “vale expectativa”, contendo um possível (e incerto) retorno...
Amanhã, completam-se 4 meses de ausência... 4 meses de abandono... dando nome aos bois: 4 meses da minha formatura... naquele dia, eu estava bonita, eu amava, eu tinha certezas, eu me julgava feliz... hj, estou bem mais magra, com olheiras ocultadas diariamente com base, com olhos secos, pois nem as lágrimas fazem mais questão de manifestar a insatisfação...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

175. Quebrando um grande silêncio

Ando quieta, sem vontade de falar...
As palavras estão falhando, falhando há algumas semanas... não sei se elas falham ou se eu que virei o fracasso da vez no que tange em me expressar!
Enfim, sentimentos confusos tomam conta do meu coração, mudanças esperadas e outras inesperadas, rupturas e novos vínculos criados a toque de caixa!!!
Saudade dos tempos em que meu coração batia de tal maneira a qual nem notava em razão da minha incrível satisfação com tudo... não posso dizer que minha vida seja um problema ou algo bizarro do tipo, a questão é que o problema em si é meu estúpido coração que não aprende a lição...
Sou avessa ao “anti-amor”... odeio abandonar histórias pela metade... odeio “ponto-e-vírgula”... odeio tudo aquilo que machuca, dói e deixa esperança...
Não sou admiradora de posturas egoístas vindas de terceiros... condeno minhas impulsivas atitudes infantis... tenho medo do descontrole, da solidão! E, como sempre, não me conforme como tantas pessoas - as quais não gosto nenhum pouco - criam amores platônicos e me amam sem correspondência alguma!
Injustiças a parte, seguirei meu rumo... talvez seja esta a meta para 2010!
Minhas mudanças não vieram a cavalo, mas a trem bala!
Agora, vou respirar fundo para não perder o fôlego...