sábado, 10 de abril de 2010

176. A questão do “MAIS OU MENOS”

Há momentos na vida os quais nós sabemos qual será o final de determinadas histórias, apesar de não sabermos quando ocorrerá ou até se já não ocorreu, pois nos cegamos a ponto de não querermos enxergar o “enxergável”...

Pois bem, certas histórias são tão certas, algumas atitudes são tão previsíveis... é como se reciclássemos antigas experiências, colocando novas roupagens, novos personagens, mas com a absoluta certeza de já tê-las visto antes de uma maneira mais ou menos cruel, mais ou menos dolorosa, mais ou menos infeliz, tendo sempre os já sabidos sentimentos, variando tão somente a sua intensidade, pois bem, a questão agora é a “do mais ou do menos”.

Às vezes, eu me sinto assim... como se eu tivesse tentando nadar num rio seco... abusando da minha paciência, dos meus sentimentos, do meu amor próprio... as vezes, eu chego a concluir que, já que falamos em amor próprio, que eu não me amo... prefiro amar os outros a ter que gastar meu amor comigo mesma...

O desgaste natural de tudo resulta tão somente na dilapidação de um dos maiores bens do ser humano: a auto-estima... e não posso me condenar por isso! Talvez seja uma bela sanção por ter me permitido me apaixonar, por ter me permitido amar, por ter incluído, nos meus planos, alguém que sumiria no vento, deixando para trás não somente meu presente de natal, mas meu coração, meu amor, minha atenção e todos os meus mais nobres sentimentos...

Nessa semana, eu quis impor minha vontade, fantasiando uma visita num domingo perfeito (como sou boba, não?!)... eu quis mostrar que eu ainda me importava, ainda amava, q, infelizmente, ainda tinha planos mirabolantes reservados para um possível futuro a dois... mas fui vetada e, de brinde, ganhei apenas um “vale expectativa”, contendo um possível (e incerto) retorno...
Amanhã, completam-se 4 meses de ausência... 4 meses de abandono... dando nome aos bois: 4 meses da minha formatura... naquele dia, eu estava bonita, eu amava, eu tinha certezas, eu me julgava feliz... hj, estou bem mais magra, com olheiras ocultadas diariamente com base, com olhos secos, pois nem as lágrimas fazem mais questão de manifestar a insatisfação...