sexta-feira, 15 de outubro de 2010

181. Aquela velha amizade

Introdução: Há semanas ouvi a frase “vamos manter a nossa amizade”, ao ser informada sobre o fim de um relacionamento que nunca existiu (e se existiu, para mim já tinha acabado há uns três meses atrás), mas que, naquela ocasião, estava oficialmente finalizado... rs... e confesso que minha amiga quis que eu escrevesse sobre o assunto, afinal de contas, mulheres conversam e eu tenho muitas opiniões e interpretações quanto as posturas masculinas... pois bem, passada uma ou duas semanas, sei lá, acho que chegou a hora de externar minha opinião... sem sentimentos, mto menos ressentimentos, sem mágoas; agora estou apta a escrever sobre o assunto de uma forma fria, imparcial, sem colocar meu “odinho” no meio... rs

Um dia, vc conhece uma pessoa, no outro, vcs já estão juntos... pois bem, alguns relacionamentos ou pegações começam assim... do nada! Sentimentos brotam da alma... ou meros desejos, atrações... enfim, surge alguma coisa que liga vc a outra pessoa, seja um bom beijo, seja um sexo, seja uma bela carência que precisa ser urgentemente suprida com um amor mais falso que uma Vitor Hugo da Galeria Pagé... pois bem, por algum motivo, as pessoas se unem... então, para não se sentirem meros objetos, seres repugnantes que precisam de carne (digo, peito, bunda, braços, pernas e tudo que envolva pele, músculo e até osso!), cria-se um vínculo (o que as pessoas banalizam e chamam de amizade)... mas seria um mero coleguismo que reveste a fuga da carência, a maldita carência...

Desculpem-me as expressões chulas, mas, entre uma trepada e outra, criam-se diálogos... e a intimidade se torna um horror... pois, se vc já conhece de cor o corpo do seu “individuo preferido”, o que custa vc contar seus medos, seu cotidiano, seus planos? As pessoas confundem esse grau de intimidade com amor... com amizade... com tudo que não tem nada a ver com o que de fato é! Fazendo uma analogia esdrúxula, seria a mesma coisa que contar para um taxista alguma história sua que aconteceu no trânsito... o taxista tá lá no congestionamento e vc – num ato de carência - conversa com ele, iniciando uma história na qual os dois tm algo em comum, que culminará em algum interesse da parte dele...

As “ficadas” são assim... não se tem amor, tem-se meros diálogos, como taxistas e clientes!

Há algumas semanas, um cara o qual eu fiquei diversas vezes, veio me dizer que não podia me proporcionar aquilo que eu queria (!!!)... e que não queria estragar nossa amizade! Ele se espantou quando eu disse que não queria a amizade dele... pois nunca tínhamos sido amigos! Talvez ele não tivesse a mesma percepção que tenho sobre amizade... eu jamais beijaria um amigo meu, jamais criaria este grau de intimidade, pois isso sim estraga toda e qualquer amizade...

Terminar algo “interminável” (levando-se em consideração que nunca começou) e questionar sobre a continuação de uma amizade é a maior #BULLshitEVER... comecei a refletir nas possibilidades as quais levariam alguém a dizer isso depois de não querer mais ficar com uma pessoa... levando-se em consideração que não estamos falando de um relacionamento do tipo “namoro”...

Pois bem, refleti muito sobre o assunto e descobri que as pessoas são mais carentes do que podemos imaginar... quando alguém acaba alguma coisa nas condições acima, a última coisa que se quer é amizade, mas se vc não tiver certeza do que se quer, nada mais justo que manter um contato mínimo mascarado em forma de amizade para eventuais arrependimentos... não digo que o infeliz irá se arrepender de não ter casado contigo, não teria essa ilusão... mas digo em se arrepender de ter perdido a falsa percepção de “carências supridas”... retornando ao status de “uma pessoa sozinha a qual ninguém se interessa”... em suma, essa tal amizade é uma maneira babaca de se ter um “vale foda”, caso os planos do infeliz fracassem!

Quanto a conclusão que tenho sobre o assunto, pensando nos meus relacionamentos fracassados, pensando nos meus relacionamentos interpessoais de todas as espécies... Descobri que meus amigos não me beijam, não fazem sexo comigo, não somem e reaparecem quando estão carentes... então, meus queridos doadores de pé na bunda, saibam que dá dó saber que a carência impera até numa tentativa de término de “relacionamento” ... Mudem o discurso, tentem ser fortes e, na solidão, comprem a playboy da Larissa Riquelme... aquela q é em 3D! Não sei se funciona, não sei como é uma mulher em tantas dimensões (rs), mas é menos deprimente que o velho discurso da “amizade” (e olha que é zoado usar aquele óculos em 3D!! kkk)...

Lari Riquelme, vc sim pode ser amiga deles, então, linda, acabe com esses idiotas, pq eu tô fora!!!